Na IGMR, número 56, lemos: “Os fiéis imploram a paz e a unidade para toda a Igreja e para toda a família humana; e saúdam-se uns aos outros, em sinal de mútua caridade.”
O rito da paz é composto por três elementos: a oração pela paz, a saudação, à qual a assembleia responde “O amor de Cristo nos uniu” e o gesto da paz (abraço ou aperto de mão), que é facultativo.
Não faz parte da tradição litúrgica entoar-se um canto durante a saudação. Mas este sinal de fraternidade foi muito bem acolhido pelo povo, tornando-se um dos elementos de maior participação de toda a assembleia. Se há um canto durante a saudação da paz, que seja curto e leve, e não tenha um conteúdo de fraternidade e amizade apenas, mas um anúncio de que Jesus traz a verdadeira paz. “Ele é nossa paz.” (Ef 2, 34). Portanto, deve referir-se a Cristo, à paz do Ressuscitado. Não deve ofuscar nem invadir o canto que acompanha o rito da fração do pão, o “Cordeiro de Deus”. Cuidado para não abusar dos cantos de paz, deixando-os para os dias mais solenes, festas especiais, optando de preferência por cantar o Cordeiro de Deus, ao realizar a fração do pão.
Em julho de 2014, a Santa Sé, por meio da Congregação para o Culto Divino e a Disciplina dos Sacramentos, emitiu uma carta regulamentando o rito da paz, que não deve ser acompanhado por um “canto da paz”. A oferta de paz na missa acontece quando o padre diz: “A paz do Senhor esteja sempre convosco” e o povo responde: “O amor de Cristo nos uniu”. A carta determina que não se utilize o canto, mas não proíbe o gesto de saudar uns aos outros com a paz de Cristo, mas apenas às pessoas que estão próximas, sem que haja deslocamentos na Igreja.
Convém lembrar que não é um momento de intervalo da Missa, em que as pessoas passeiam por toda a Igreja e precisam saudar todos os fiéis com a paz. O gesto é simples e breve: deve se dar a paz às pessoas que estão ao seu lado, não perdendo o foco da celebração.
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