quinta-feira, 3 de janeiro de 2019

Fração do Pão - Cordeiro de Deus

O “Cordeiro de Deus” é uma prece litânica (em forma de ladainha). Após cada invocação entoada pelo cantor (solista), a assembleia responde com o “tende piedade de nós” e, no final, com o “dai-nos a paz”. Esse canto é executado durante o rito da fração do pão, na liturgia eucarística. A invocação: “Cordeiro de Deus que tirais o pecado do mundo, tende piedade de nós”, pode ser repetida enquanto durar a fração do pão, terminando-se sempre com as palavras “dai-nos a paz”.


A imagem do “Cordeiro” é eminentemente bíblica: João Batista nos apresenta Jesus como o “Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo”. Recorda-nos o Cordeiro Pascal da nova e eterna Aliança – Cristo – que foi imolado. Vale lembrar que a palavra “Cordeiro” aparece várias vezes, ao longo do livro do Apocalipse, sempre se referindo a Cristo.

Historicamente não é fácil de se precisar quando e como o “Cordeiro” passou a fazer parte da celebração eucarística. Porém, no século VII, já se tem notícias do seu uso na liturgia romana.

A invocação “dai-nos a paz” foi acrescentada posteriormente – por volta do século XIII. Na mesma época, nas missas dos defuntos, no lugar do “tende piedade de nós”, cantava-se “Dai a eles o repouso”, e no lugar do “dai-nos a paz”, cantava-se “Dai a eles o repouso eterno”.

No início, a invocação era repetida enquanto durasse o rito que ela acompanhava. No século XI, as invocações foram limitadas a três, sendo que a última conclui com o "Dai-nos a paz!". A IGMR, no número 63, acrescenta: “Pode repetir-se o número de vezes que for preciso, enquanto durar a fração do pão”. Repete-se quantas vezes forem necessárias o “Tende piedade de nós” e na última invocação entoa-se o “Dai-nos a paz!”.

Sobre os gestos, muita gente reza ou canta o cordeiro batendo no peito como fazemos no "por minha culpa, minha tão grande culpa..." do Confessio, no Ato Penitencial, porém, esse gesto não está previsto para o "Cordeiro de Deus". É função do ministério de música ou do animador, iniciar a oração que deve ser feita por toda a assembléia. Não é função do sacerdote entoar este canto.

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